É com muita alegria que compartilho uma grande novidade com vocês: esta semana iniciei uma nova jornada como professora na Casa Locomotiva. Essa oportunidade é um marco especial na minha carreira, e estou muito empolgada para trazer tudo o que aprendi ao longo dos anos para novos alunos e seus projetos criativos.
Ao longo dos anos, tive o privilégio de ensinar a aquarela e o desenho em diversos espaços, sempre buscando inspirar e motivar meus alunos a explorar o máximo de seu potencial artístico. Agora, na Locomotiva, terei a chance de alcançar ainda mais pessoas e expandir minhas abordagens em técnicas mistas e desenhos.
Essa mudança me inspira a renovar minhas práticas e trazer novidades que, espero, façam diferença no aprendizado de cada aluno. Novos desafios, novos rostos e muitas histórias para contar.
Na Casa Locomotiva as aulas são práticas, interativas e sempre focadas em desbloquear a criatividade de cada pessoa.
Venha Conhecer!
Se você está em São Paulo e tem vontade de aprender mais ou aprimorar suas habilidades em desenho e pintura, eu adoraria te ver nas minhas aulas. A nova escola oferece um ambiente criativo e inspirador, perfeito para quem quer mergulhar no mundo da arte. Para mais informações sobre horários e matrículas, basta entrar em contato comigo ou com a escola.
Agradeço a todos que têm acompanhado meu trabalho até aqui, sejam alunos, amigos ou colegas artistas. Esse novo capítulo não seria possível sem o apoio e o carinho de cada um de vocês. Estou muito animada para essa fase e conto com a presença de vocês para compartilhar essa jornada!

Fiquem atentos às próximas novidades e, claro, continuem acompanhando o blog para mais dicas, técnicas e histórias sobre o universo da aquarela e do desenho!

@casalocomotiva
www.casalocomotiva.com.br

Já parou para pensar que essas duas expressões podem significar coisas diferentes?
Quando falamos em aquarela, estamos nos referindo a uma técnica com características tão únicas que é difícil replicá-las com outras mídias. Pense na transparência, nos escorridos, nas fusões de cores, na granulação… Todos esses efeitos são obtidos pelo uso livre da água e são a alma da aquarela.
Quando pintamos de maneira contida, respeitando contornos e áreas bem definidas, qualquer outra técnica ou tinta poderia nos dar um resultado semelhante: lápis de cor, giz pastel, guache e até as ferramentas digitais poderiam funcionar. Nesse caso, a aquarela é apenas uma escolha de meio – estamos pintando com aquarela.
Mas quando o trabalho exibe fusões, manchas, transparências, escorridos e camadas – efeitos que praticamente só a aquarela nos permite alcançar – então estamos criando uma aquarela, aproveitando ao máximo o potencial dessa técnica.
Já tinha pensado nessa diferença? E você, como usa a aquarela? Qual abordagem você prefere?

E quando tudo que você tem à mão é uma caneta esferográfica e um caderninho?
Tudo bem. Dá pra desenhar e o desenho ficar lindo!!
Sabe o que é legal? A caneta permite que a gente faça várias linhas e criar volume e massa para as áreas mais escuras; mas também dá pra usar uma linha única e fininha para dar leveza e transmitir luz.
Permita-se experimentar. Rabisque bastante. Quanto mais linhas, melhor!

Essa semana me diverti revisitando aquarelas antigas e dando-lhes uma nova oportunidade…rsrs.
A colagem é uma ótima técnica para reaproveitar aquarelas e desenhos antigos, que não ficaram tão bons como trabalho final, mas que, se olharmos em pedacinhos separados, em cantinhos, certamente terão valor.
Foi assim que construí as paisagens desse post.
Rasgando o papel, ao invés de cortá-lo com tesouras a gente consegue, não só as bordas irregulares como também que se veja o branco da massa do papel, que acaba fazendo a função de contorno para cada recorte.
Sobre eles a gente inventa algumas linhas e texturas, pretas, brancas ou coloridas.
Et voilà!! Temos um novo trabalho!!!
Mas, como eu sempre acho que pode caber algo mais… resolvi bordar sobre as colagens.
São só pontos alinhavos, mas já completam o charme e dão relevo às linhas.
E aí? Disposto a rasgar alguns trabalhos antigos e dar nova roupagem pra eles?
Depois me conta o resultado!!

Taí um assunto bastante controverso entre os aquarelistas.
Tive um professor que, na minha primeira aula, arrancou as pastilhas preta e branca da minha paleta e jogou-as fora. Disse que eu nunca deveria usá-las.
Radicalismos à parte, eu realmente não gosto muito da aquarela preta, quando usada num trabalho colorido. Acho que o pigmento preto suja e contamina muito as outras cores, tirando-lhes o brilho e a vivacidade.
Crio os meus “pretos” com a mistura de outros pigmentos, como o azul índigo com o marrom Van Dyke, o ultramar com o Siena Queimada, ou com as cores opostas como vermelho com verde ou violeta com amarelo, por exemplo. Cada uma dessas misturas gera uma cor diferente, mais ou menos quente, mais ou menos escura, porém com a qualidade de substituir o preto, sem sujar e contaminar as outras cores.
Entretanto já vi excelentes aquarelistas profissionais que trabalham apenas com a aquarela preta ou similar e fazem trabalhos lindíssimos monocromáticos. O preto geralmente granula bastante, então o efeito dos escorridos e das manchas é bem bonito.
Já a aquarela branca, seu uso é menos recriminado.
O que é consenso é que grandes áreas brancas não devem ser pintadas de branco, mas reservadas no papel. Até porque como a aquarela é transparente, a tinta branca não cobriria eventual camada de cor inferior. Usa-se, então a aquarela branca para dar um pouco de opacidade para algumas tintas e para dar alguns brilhos ou pontos de luz sobre a aquarela pronta. Podemos usar o guache branco para isso também.
Nos papéis matizados ela é importante para alcançarmos os altos valores tonais (as cores mais claras que o papel).
É isso. Você aí usa a aquarela preta ou branca? Me conte sua opinião sobre elas.

Um pouquinho de teoria: Matiz, Saturação e Tom.
A gente costuma chamar tudo de COR, mas na verdade, esses conceitos são diferentes e muito importantes na construção de uma imagem de qualidade.
MATIZ é a cor, propriamente dita. E é pra ela que damos os nomes: vermelho, laranja, ocre, violeta, turquesa…
A SATURAÇÃO é a intensidade da cor em relação ao cinza. Quanto mais saturada a cor, mais forte e vibrante ela é. Quanto menos saturada, mais ela se aproxima do cinza ou do neutro. É tirando a saturação que vamos transformando uma imagem colorida em preto e branco.
Quando trabalhamos com tintas, as cores nos tubos e pastilhas vêm com sua saturação máxima. Para dessaturá-las e deixá-las menos vibrantes, mais rebaixadas, evitamos adicionar o pigmento preto, porque ele geralmente “suja” a cor. O mais apropriado e mais comum é misturar a cor com sua complementar (a cor que fica lado oposto do círculo cromático). Por serem opostas, elas se anulam diminuindo a vibração.
Já o TOM é o brilho da cor. É a sua escala em relação ao branco e ao preto. As cores mais claras tem alto valor tonal e refletem mais luz e as mais escuras, baixo valor tonal e absorvem mais luz.
De novo, as tintas dos tubos e pastilhas vêm com sua tonalidade mais baixa (o tom mais intenso da cor). Conseguimos aumentar o tom (clarear) diluindo a tinta, até que ela fique quase transparente.
Tá, mas pra que precisamos saber de tudo isso?
O artista que sabe diluir e preparar suas cores não fica limitado às cores prontas das tintas oferecidas pelas fábricas. Consegue obter uma paleta personalizada, com cores criadas por ele e que podem variar de acordo com as necessidades de cada trabalho.
Variar a saturação ajuda a personalizar as cores.
A variação tonal, por sua vez, é indispensável para dar efeito de profundidade, eleger o ponto focal, criar luz e sombras, etc.
Ou seja tudo de importante, né?
Consegue identificar na pintura acima a importância das variações de saturação e do grande contraste tonal?
Então, no seu próximo trabalho, não se esqueça de observar se vc está variando suas cores em tom e saturação. Tenho certeza de que você vai gostar muito mais do resultado!!

A gente já falou aqui sobre desenhar em papéis coloridos né?
Mas você já tentou colorir (ou matizar) seus próprios papéis?
A ideia é preencher a folha com uma cor base, que preferencialmente faça relação com o tema do desenho. Pode ser com aquarela ou com guache. Até uma acrílica bem diluidinha funciona bem.
Aí, depois de seco, você capricha no desenho à caneta.
Depois, o céu é o limite… Você pode acrescentar mais detalhes com aquarelas coloridas, com canetas acrílicas, guache, lápis de cor, outras canetas… Nessa hora você precisa fazer com que seu desenho se destaque do fundo. Até umas simples hachuras funcionam.
Ah, e lembra dos caderninhos temáticos do post anterior?
Eu tenho um pra isso também. Deixo folhas em branco para colorir na hora do desenho, com a cor de fundo mais apropriada, mas mantenho também algumas folhas previamente coloridas, que podem representar um desafio a mais.
Em tempos de Olimpíadas em Paris, com o tema “La Vie en Rose”, encontrei uma página previamente pintada de rosa para fazer o desenho da semana.
E aí, gostou do papel matizado? De que cor você pintaria sua página para seu próximo desenho?

Sou fã de caderninhos e por isso acabo tendo vários cadernos, para técnicas ou assuntos diferentes.
Hoje vou apresentar pra vocês meu caderno para desenhos em amarelo e preto. A proposta é que todos os desenhos só usem essas cores, com suas variações tonais.
É muito legal quando sua única preocupação é dividir o desenho em duas cores. De resto, qualquer coisa vale. Qualquer tema, qualquer técnica, qualquer estilo…
Esse caderno já tem muitos anos… Gosto de ver como interpretei alguns momentos e fases da vida nessas cores…
Esse pássaro foi a inspiração dessa semana e ainda faltam muitas páginas a preencher.
E aí? Vc tem cadernos temáticos? Já pensou em ter um cujo tema seja a cor?
Tem alguma sugestão de o que mais eu poderia desenhar em preto e amarelo?

Já experimentou manchar um desenho feito com canetas a base d’água? Com cuidado e parcimônia, essas manchas trazem volume e interesse ao desenho. E tudo que vc precisa, além da caneta, é de um pincelzinho com água…
Comece com um desenho simples, só de linhas.
Adicione algumas hachuras e preenchimentos nas áreas onde você teria sombras, ou que seriam mais escuras.
Com um pincel umedecido, manche essas hachuras, permitindo que a tinta se espalhe um pouco sobre o papel.
A ideia não é pintar o desenho, mas dar volume, colocando reforço de cor nas áreas mais escuras.
Depois de manchado, talvez você queira voltar com a caneta para refazer ou reforçar algumas linhas. Busque um resultado onde você tenha o equilíbrio de linhas finas, linhas mais grossas, áreas claras e poucas áreas bem escuras.
E é isso! Com uma única caneta você consegue esse lindo efeito!!
Ah, e não precisa ser caneta tinteiro, não. Qualquer caneta com tinta a base d’água vai funcionar. As canetinhas escolares, por exemplo, são ótimas!
Bora treinar?

Já experimentou desenhar ou pintar num papel colorido?
Os mais comuns são cinzas ou beges. Mas a gente pode também escolher cores mais intensas e vibrantes.
A vantagem é que a cor do papel funciona como um “tom médio”, aí usamos os lápis escuros para as áreas mais densas e um branco para os tons de luz.
Assim, com apenas dois materiais a gente já consegue a sensação de profundidade, e luz e sombra que a variação de tons traz.

Experimente! Você encontra cadernos prontos com folhas coloridas, mas pode também ousar fazer suas próprias criações, colando pedaços de papéis coloridos sobre as folhas de um caderno tradicional.
Desenhe com pretos as sombras e detalhes mais escuros e brancos ou cores claras para o que está na luz.
E aí? Gostou da proposta?